asdfghjkl
Maybe, Possibly... - Capitulo 7
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  As horas passaram-se e já era tempo de voltar para terra. O que ninguém esperava é que de repente começasse a chover, mas não era uma chuva qualquer, estava-se a formar um temporal.
Tentei ver qual era o sítio mais perto de nós para levar o barco até lá, mas tudo o que vi foram rochas. Eu não ia conseguir atracar lá nada.
-Claire! – Chamei por ela – Vamos precisar dos botes, por isso procura-os.
-Porquê? Não consegues chegar a terra?
-Estás a ver alguma terra aqui, por acaso?! – Eu já começava a ficar nervosa, tinha a vida de 9 adolescentes nas mãos, 5 deles mais famosos que o papa.
-O que é que se passa? – Perguntou a Amy quando chegou á minha beira com a Ashley e a Maggie.
-Porquê que a Claire está ali toda furiosa á procura de botes salva-vidas? – Continuou a Maggie.
-Não se preocupem, vai ficar tudo bem. – Disse tentando acalmar-me mais a mim do que a elas – Agora ajudem a Claire a procurar que já estamos a ficar sem tempo.
A chuva estava cada vez mais intensa e o vento cada vez mais forte. O meu coração apertava-se deixando-me desconfortável. Eu não ia chorar, eu não podia chorar.
-Encontrei! – Ouvi a Ashley a dizer.
-Finalmente! Agora ponham-nos na água, temos que conseguir chegar aquela gruta. Eu vou atracar aqui o barco, não posso chegar mais perto. – Mandei eu.
-Só há dois botes – Disse Claire. – Temos que tentar ir 5 em cada.
Pusemo-nos barcos e começamos a navegar em direcção às rochas. O tempo estava cada vez pior, tínhamos que nos segurar nos botes para não virar ou cairmos. Só pedia para que isto fosse apenas um sonho do qual eu iria acordar mal me beliscasse. Mas isso não aconteceu, eu continuava lá, assim como eles todos e aquele temporal que me iria percorrer para o resto da minha vida.
De repente só ouvi um grito do Zayn a interromper os meus pensamentos e alguém a cair á água. Era ele. Mal vi aquilo nem tive tempo de pensar duas vezes, apenas tirei o caso atirei-me para a água á procura dele. A culpa era minha se lhe acontecesse alguma coisa. A culpa era toda minha por ter concordado com uma coisa destas.
Vi-o a lutar para ir á superfície a poucos metros de mim. Peguei dele e fiz o melhor que pude para o trazer para cima. Enquanto o puxava vi alguma coisa a cair, era uma pulseira e tinha caído do seu pulso. Levei-o até ao bote e eles puxaram-no para cima.
-Sobe. – Ouvi o Harry a dizer para mim estendendo-me o braço.
-Vão indo sem mim. – Ouvi-me a dizer. – Eles já estão quase lá.
-O que é que tu estás para aí a dizer? – Perguntou ele confuso.
-Leva-os para lá, eu já vou lá ter. – Dito isto respirei fundo, mergulhei e pedi intensamente para que eles fizessem o que eu havia dito.
Vi-a. Estava presa numa planta qualquer. Peguei nela e voltei para a superfície. Eles já estavam longe, tudo o que eu podia fazer era nadar até á gruta. E foi o que fiz. Nadei até não poder mais.
Quando lá cheguei o Harry e a Maggie ajudaram-me a subir e entramos. Por sorte e por alma não sei de quem a Claire tinha posto uma lanterna na mochila.
-Não temos nada que dê para fazer fogueira. – Disse o Liam.
-Então vamos ter que nos aquecer com o calor dos nossos corpos. – Ripostei eu.
Eles começaram todos a abraçarem-se e eu fui até ao Zayn.
-Acho que isto é teu. – Disse-lhe mostrando a pulseira. Ele olhou para o pulso onde ela deveria de estar e estremeceu. – Pensei que fosse importante.
-E é, obrigada! – Respondeu ele abraçando-me.
-Acho que temos que estabelecer outra regra. – Afastei-me dele. – Eu sei que estás com frio e isso, mas nada de me abraçar. Isto é uma regra para todos.
-Mas eu gosto de abraçar. – Disse o Niall.
-Então abraça-te á Ashley, ela adora abraços.
-É verdade. – Disse ela corada. O Niall apenas sorriu e foi ter com a rapariga. Sim, eu agora até fui querida para a Ashley, acho que estou a ficar demasiado mole.
Afastei-me e sentei-me a um canto. Estava com frio, o meu corpo tremia sem a minha autorização, mas que ninguém sequer pensasse em me abraçar.
Senti alguém a passar-me alguma coisa pelas costas e olhei para cima, era o Harry e o seu sorriso que me tirava a respiração.
Ele tinha acabado de me por o seu casaco por cima dos ombros e eu não podia aceitar isso.
-Toma o casaco – disse eu – Tu estás aí cheio de frio.
-Nem penses. – Interrompeu ele - Tu estás toda molhada, precisas de aquecer.
-Obrigada. – Foi a única coisa que consegui dizer.
Ele estava a tremer e a culpa era minha. Parecia-me que o meu orgulho ia ter que ficar longe durante esta noite.

-Podes…? – Não consegui acabar a frase e ele olhou para mim.
-O quê?
-Toma o casaco e abraça-me.


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